terça-feira, 10 de setembro de 2013

O 14º andar

Um estalo ecoa no meio da viagem terra-décimo quarto andar. Sentido no peito, um pressentimento que aos poucos se transfoma na verdade nua e crua de que aquela é a última viagem.

Dois segundos de pânico, acelerado até o último pêlo, esperando o derradeiro segundo.

Que não vem.

Risada com uma sombra de alívio para o espelho, galopando a porta. Chão firme, o hipocondríaco dentro de você aparece dizendo que seria até bom. 

E a paranóia segue pela noite. Rolando na cama sem gravidade até cair de sono.

Encarar as escadas ou mudar de prédio?

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